terça-feira, 29 de janeiro de 2013

O Peixinho da Era de Aquário

Conheci, certa vez, um serzinho muito especial.
Aquela pequenina vida, corria de um lado para o outro, dentro de seu pequeno mundinho aquático.
De olhos sempre abertos, observava atentamente aqueles gigantes desengonçados que se preocupavam demais com suas coisas de gigantes. Às vezes, uma moça e um menininho colocavam o rosto bem perto do aquário e assustavam o pequenino ser com seus sorrisos cheios de dentes enormes. Ufa, ainda bem que eles não conseguiam atravessar aquelas pesadas vidraças.
Toda vez que o Sol acordava, milhões de bolhas subiam, como uma celebração. Então, subia e descia freneticamente por todos os cantos, esperando que um dos gigantes -quem sabe- fizesse algum tipo de mágica para que aquele mundinho não fosse mais tão "inho", mas que fosse do tamanho do universo -ou talvez do tamanho da sala de estar-.
Homessa! Quem acabara de surpreender a todos foi aquele tal serzinho, que inventou sua própria mágica e saltou de seu mundinho, deixando até os gigantes -com seus problemas de gigantes- paralisados, perplexos. Pobre peixinho, ficou tanto tempo neste chão de azulejo frio... Foi uma queda horrível. A moça olhava novamente de perto, mas seus dentes já não estavam aparecendo. O relógio não parava, não havia mais nenhuma bolha... Era noite quando um dos gigantes sensibilizados, olhou aquela pequena criatura escarlate no chão e resolveu pegá-la com suas grandes mãos, para que pudesse dar um final digno ao peixinho... Pobrezinho.
Ainda que ninguém pudesse entender como aquilo aconteceu, como aquele frágil ser se libertou daquelas grossas vidraças que eram seladas como um calabouço... Ele se libertou. E foi neste exato momento que a reviravolta aconteceu. Como se já não bastasse a surpresa, veio o milagre. Ele estava vivo! Começou a saltar e saltar naquelas mãos enormes. Ele estava vivo! O peixinho viveu fora d'água! Ele foi recolocado no seu mundinho e, nadando normalmente, seus olhos ainda eram os mesmos... Ele tinha algo a mostrar aos gigantes com seus problemas de gigantes, que já se tornavam pequenos diante daquele milagre do pequenino.

E foi assim que se deu a nossa história, em pleno século 21, quando achamos que nada mais poderia nos surpreender... Uma criaturinha tão singela fez com que desviássemos nossos pensamentos a ela e fez com que nos lembrássemos de que todos somos peixes dentro de um aquário colocado em algum pontinho qualquer do universo.

Conto feito por Renata Bruna, janeiro de 2013.




sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Coração Indígena

Filhos da terra, guerreiros do Sol... Esses são nossos irmãos índios, que tanto têm a nos ensinar.
No murmuro das águas, o som do coração da mata bate forte na alma. Toca fundo dentre o canto dos pássaros e o som das cachoeiras que descem pelo rio purificador.


Escolhi escrever hoje sobre esse povo tão especial, justamente por um sábio espírito que tanto me inspira a ser determinada, justa e a sempre ser muito forte.

Acredito que não há nobreza maior do que saber encontrar toda riqueza existente dentro da natureza. As folhas, os frutos, as flores, as águas e os animais... Deus nos deu tudo pronto. Porém, muitos se esquecem da simplicidade da vida...

Dessa forma, os espíritos que se apresentam como índios (ou caboclos) são muito focados no trabalho e também vêem a caridade como bem maior.


"Os espíritos que se apresentam como Caboclos assumem a forma plasmada de 'índios' em homenagem aos povos nativos do Brasil e de outras regiões do globo, que nutriam uma forte relação de amor e de respeito à Natureza e  muito contribuíram com seus conhecimentos e valores morais e culturais para a formação da nossa Pátria."
[V. “Arquétipos da Umbanda”, Rubens Saraceni, páginas 89/94.]



Eu tenho sempre em mente a seriedade do trabalho desses espíritos... Sinto tanta pureza e amor vibrando, que meu coração se aquece e uma tranquilidade invade meu espírito, pois tenho plena confiança na ajuda desses seres iluminados.

São espíritos evoluídos que ocupam uma alta faixa vibratória (ainda maior do que a do médium) e permanecem plasmados como indígenas pela própria escolha e determinação.
Dentro da Umbanda, fazem parte da linha de trabalho mais antiga, justamente pela própria religião ter sido inicializada pelo Caboclo Das Sete Encruzilhadas, guia do médium Zélio Fernandino de Moraes, tendo como princípios morais o amor e a união dos povos.

Dentre tantos guias espirituais com quem tive a honra de trabalhar, o Caboclo Pena Dourada é meu conselheiro, que me levantou sempre que caí e que ainda me acompanha aonde quer que eu vá.
Quem tem um guia como esses, sabe como sua presença é sempre marcante... Desde o momento em que chega, batendo no peito e carregando nosso chacra cardíaco, até o último segundo em que termina seu trabalho e se vai, suavemente, voltando aos céus do infinito.



Eles estão aqui para que nunca nos esqueçamos de onde viemos, de nossa terra, da mata e de como a vida é preciosa... Não nos esqueçamos também de nossos irmãos indígenas que vivem entre nós. Não nos esqueçamos de que somos todos índios.

Recomendo! Para aqueles que se identificam e gostariam de saber mais sobre o trabalho das Caboclas dentro da religião umbandista, assista ao vídeo do palestrante Géro Maita:




! Fonte de pesquisa: SetePorteiras.org

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Reencarnação

Meus queridos irmãos, falarei um pouco sobre algumas questões muito importantes na vida de todos. Primeiramente, sobre a Reencarnação.

Existe vida após a morte?
Simples, não há vida após a morte pelo motivo de não haver a morte. O que acontece é a separação do corpo etérico do corpo astral. Mas o espírito é a chama inapagável de uma vela.
A continuação da vida já foi comprovada diversas vezes por cientistas e pode até ser encontrada na Bíblia.

"É certo que os vivos nascem dos mortos; que as almas dos mortos renascem ainda." 
Phèdre

Muitas pessoas tratam a reencarnação como uma criação "consoladora". De fato, é muito melhor pensar que o indivíduo continuará a viver, diante do falecimento de um ente querido. Entretanto, a real faceta da reencarnação é o processo evolutivo do ser. Nós, nesta vida, nos encontramos em um grande aprendizado devido ao que se decorreu em nossas vidas anteriores e o que fazemos nesta.
A retorno do espírito a uma nova vida, não é apenas uma ideia consoladora, como também é a prova da justiça divina. De forma que todos os seres humanos são tratados de uma forma igualitária, ou seja, todos evoluem a sua própria maneira, não há privilegiados. Estamos aqui como irmãos e o segredo para essa evolução é justamente compreendermos de que somos iguais e nos tratarmos com amor e caridade. Mas é uma busca que cada ser vai procurar fazer ao seu próprio tempo, como uma reforma íntima e não há regras exatas para isso. Dessa forma, a ideia da salvação é quebrada, pois todos somos iguais aos olhos de Deus. O amor de Deus é o mesmo para todos, independentemente do grau evolutivo do espírito, de sua religião, de sua crença ou ideologia.



"A evolução espiritual resulta das experiências felizes que compartilhamos com as pessoas, por isso é que o amor ao próximo é o único elo que, de fato, nos aproxima de Deus. Portanto; irradie o seu amor."
[trecho retirado de Sempre Ao Seu Lado]



Existem inúmeros relatos de pessoas que alegam se lembrarem de vidas passadas. Como se uma realidade diferente fosse mais palpável do que a própria realidade presente...


Eu mesma, até antes de conhecer as religiões espiritualistas, já havia me sentido por muitas vezes parte de um dia a dia que não me pertencia, me tornando totalmente deslocada, com sentimentos nostálgicos sobre acontecimentos que eu nem tinha vivido como a pessoa que sou hoje. Mas, logo, veio a grande surpresa... Eu estava sendo "perseguida" justamente por um espírito que fazia parte de uma das minhas outras encarnações. Com o devido tratamento espiritual, ele foi acompanhado pelos guias de luz e, finalmente, pôde fazer a passagem.

Eu percebo o tratamento de vidas passadas (TVP), ou seja, a regressão (por meio de hipnose), como  uma técnica que deve ser aplicada quando já não há outra forma de assistência ao paciente, pois existem riscos seríssimos com uma regressão mal direcionada ou feita apenas por pura curiosidade, afinal, se Deus nos deu a benção de nos esquecermos de nossas antigas encarnações, ele possui um grande motivo para isso. É claro, independentemente de quem fomos em outras vidas, a que deve ser levada em conta é apenas a atual, o agora. Então, que trabalhemos com nossos atos e ambições, para que possamos nos livrar de quaisquer antigos carmas e aflições em nosso espírito.
Portanto, vamos aproveitar essa oportunidade para sermos pessoas melhores, pelo menos começando com pequenos atos. Por exemplo, pratiquem o "Só por hoje".
Só por hoje não serei rancoroso; só por hoje não passarei nervoso; só por hoje não falarei mal de ninguém; só por hoje não me preocuparei com a opinião alheia e serei apenas o que sou; só por hoje ouvirei meus irmãos; só por hoje dedicarei um momento do meu dia para fazer o bem a algum ser vivo, seja ele quem for.
Só por hoje e, todos os dias, uma nova mudança.


Tenham todos uma ótima vida.
Paz e Luz!


Recomendação! Leia mais sobre reencarnação no portal da doutrina espírita, clicando neste link <<Portal do Espírito>>

sábado, 5 de janeiro de 2013

Amor

"Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos,  se não tiver amor, sou como um bronze que soa ou um címbalo que retine. Ainda que eu tenha o dom da profecia e conheça todos os mistérios e toda a ciência, ainda que eu tenha tão grande que transporte montanhas, se não tiver amor, nada sou. Ainda que e distribua todos os meus bens e entregue o meu corpo para ser queimado, se não tiver amor, de nada me aproveita. O amor é paciente, o amor é prestável, não é invejoso, não é arrogante nem orgulhoso, nada faz de inconveniente, não procura o seu próprio interesse, não se irrita nem guarda ressentimento. Não se alegra com a injustiça, mas rejubila com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais passará."

Com esse lindo trecho do capítulo 13 da carta de São Paulo aos Coríntios, iniciarei meu pequeno texto sobre o sentimento mais nobre que existe.

O amor move o universo, move tudo o que nele contém. Tanto, que o início desse tudo foi movido pelo amor maior de Deus.



Foi entregue à essa pequenina palavra a responsabilidade de carregar diferentes manifestações sentimentais do ser, que podem se distinguir por alguns estilos definidos pela teoria de John Lee, cujos são apresentados como:

Eros – Ligado à atração física, ao desejo e sensualidade. É considerado a parte consciente do amor e carnal.

Psiquê – Significa "borboleta" e também "alma". Pode ser representado pela borboleta que, após uma vida rastejando como uma lagarta, se torna livre para voar, esbanjando sua exímia beleza. E também representa a alma que se liberta do corpo e caminha pela eternidade.
É o amor espiritual, que ultrapassa o físico e torna-se eterno. Pode perdurar durante várias encarnações, que é o caso das almas afins.

Ludus – É visto como um jogo, sem que haja intimidade. É como uma brincadeira estratégica, colocando o parceiro à prova. O que pode prejudicar o relacionamento, pois nesse caso a comprovação do amor é mais válida do que ele propriamente dito.

Storge – É afetuoso e desenvolve-se lentamente, conforme a afinidade. Não é vinculado à atração física, mas ao sentimento fraternal, companheirismo.

Pragma – Baseia-se na necessidade temporária, momentânea. É sistemático, pois o indivíduo reflete sobre o que implicará o romance, as vantagens e desvantagens, se é um investimento seguro, se levará ao conforto financeiro, etc. Há vários pré-requisitos para aquele que ama "pragmaticamente". Pode ser considerado um sentimento aproveitador e, de certa forma, egoísta.

Mania – Sentimento cheio de impulsos, apaixonado, que não mede consequências. Poderia vinculá-lo ao personagem Romeo, da obra de Shakespeare.

Ágape – O amor divino, altruísta e espiritual. É incondicional, não espera nada em troca. Não é baseado em interesses pessoais, de forma alguma. É perfeito. Considera uma pessoa valiosa, independentemente de quem ela é e o que faz. É o amor de Jesus Cristo pela humanidade, demonstrado por ele em cada palavra, cada ato em sua vivência como o filho de Deus.


Tenho certeza de que muitos dos meus queridos leitores também já passaram pela experiência de um Amor Platônico, que, no conceito de Platão, é a busca do amante pelo essencial inexistente no amado, idealizado para suprir a falta e se tornar pleno. Ultrapassa o mundo material, pois faz parte da realidade ideal do ser, ao contrário da Paixão, que é carnal, física.

Nossas passagens pela Terra são tão curtas... Conhecemos tantas pessoas em cada experiência... A proposta que tenho hoje é de que todos vocês que estão lendo essa postagem, coloquem acima de qualquer raiva, qualquer rancor, qualquer tristeza que um dia sentiram, AMOR. Ponham amor acima de tudo e em cada palavra que proferirem, cada escolha que tomarem. Parafraseando Fernando Pessoa, seja todo em cada coisa, ponha quanto é no mínimo que fizer.
O segredo, eu digo a todos... Trata-se daquele sentimento nobre, que procura ser sempre Ágape, pois divino é o amor...
Vamos amar o próximo como a nós mesmos, vamos espalhar isso por todo universo e ele nos surpreenderá.

"Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive."

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Feliz 2013

30 de dezembro foi o dia da Sagrada Família. Neste novo ano não nos esqueçamos que aos olhos de Deus todas as famílias são sagradas, cada membro é único e fundamental dentro do lar... Que todos nós nos esforcemos para sempre mantermos tais laços fortalecidos e cuidemos um do outro com muito amor e compreensão.

Os anjos do Senhor estarão reunidos nesta travessia para trazer prosperidade e paz ao plano terrestre.

Que o menino Jesus toque fundo no coração de cada ser humano, trazendo renovação, saúde e harmonia... Levando luz aos espíritos desta erraticidade.

A palavra de ordem de 2013 será AMOR. Sempre AMOR.


"É graça divina começar bem. Graça maior persistir na caminhada certa. Mas graça das graças é não desistir nunca."

(Dom Hélder Câmara)