quarta-feira, 2 de julho de 2014

OSHO: A Chave Para Viver em Equilíbrio


Bem vindos, queridos irmãos! Eis uma nova publicação especial para todos vocês, após um tempinho sem a atualização desse nosso Blog. Lembrando a todos que a página do À Procura da Fé no Facebook continua totalmente ativa e qualquer sugestão para esse nosso cantinho ficar mais agradável, pode ser enviada para lá, Tudo bem?

Hoje as palavras aqui escritas não serão minhas. Utilizarei um texto do sábio Osho sobre a vitimização dos seres humanos e como não se tornar um escravo de seus próprios sentimentos. Um abraço fraterno a todos e aproveitem a leitura! Paz e Luz!


Os hábitos obrigam você a fazer certas coisas; você é uma vítima. Os hindus dão a isso o nome de karma. Cada ato que você repete, ou cada pensamento — porque os pensamentos também são ações mentais sutis — fica cada vez mais forte. E então você fica sob o domínio dele. Fica preso ao hábito. Você passa a viver a vida de um prisioneiro, de um escravo. E esse aprisionamento é muito sutil; a prisão é feita de hábitos, de condicionamentos e de ações que você praticou. Tudo isso está em torno do seu corpo e você fica todo emaranhado, mas continua se fazendo de tolo, achando que é você quem está decidindo.

Quando fica zangado, você acha que é você quem decide ficar. Você racionaliza e diz que a situação exigiu esse comportamento: “Eu tive de ficar zangado, senão a criança ficaria malcriada. Se eu não ficasse zangado, as coisas dariam errado, o escritório ficaria um caos. Os empregados não ouviriam; tive de ficar zangado para pôr as coisas em ordem. Para colocar minha mulher em seu devido lugar, tive de ficar zangado.” Essas são as racionalizações — 
é assim que seu ego continua a pensar que você ainda está no comando. Mas você não está.

A raiva é fruto de velhos padrões, do passado. E, quando ela irrompe, você tenta achar uma desculpa para ela. Os psicólogos têm feito experiências e chegaram às mesmas conclusões que a psicologia esotérica oriental: o ser humano é uma vítima, 
não é senhor de si mesmo.

Os psicólogos deixaram as pessoas em isolamento, com todo conforto possível. Tudo o que lhes fosse necessário era proporcionado, mas elas não tinham contato nenhum com outros seres humanos. Viveram em isolamento numa cela com ar-condicionado — sem ter de trabalhar, sem ter nenhum problema, mas continuaram com os mesmos hábitos. Numa manhã, sem nenhuma razão — porque elas tinham todo conforto, não havia com que se preocuparem, nenhuma desculpa para ficarem zangadas —, um homem 
descobriu de repente que começava a sentir raiva.

Ela está dentro de você. As vezes, surge uma tristeza sem nenhuma razão aparente. E, às vezes, aflora um sentimento de felicidade, euforia ou êxtase. Um homem destituído de todos os relacionamentos sociais, isolado num ambiente com todo conforto, em que todas as suas necessidades são satisfeitas, passa por todos os estados de ânimo pelos quais você passa num relacionamento. Isso significa que 
alguma coisa vem de dentro e você a associa a outra pessoa. Isso é só uma racionalização.

Você se sente bem, você se sente mal e esses sentimentos borbulham da sua própria inconsciência, do seu próprio passado. 
Ninguém é responsável, exceto você. Ninguém pode deixar você zangado ou feliz. Você fica feliz por sua própria conta, fica zangado por sua própria conta e fica triste por sua própria conta. A menos que perceba isso, você continuará para sempre um escravo.

O domínio do seu próprio eu você conquista quando percebe: “
Sou absolutamente responsável por tudo o que me acontece. Seja o que for que acontecer, incondicionalmente — sou inteiramente responsável.”

A princípio, isso o deixará extremamente triste e deprimido, porque, quando pode jogar a culpa nos outros, você fica tranquilo e certo de que não é você quem está errando. O que você pode fazer se a sua mulher está se comportando dessa forma tão desagradável? Você tem de ficar com raiva. Mas, veja bem, a sua mulher está se comportando dessa forma por causa dos seus próprios mecanismos interiores. Ela não está sendo desagradável com você. Se você não estivesse ali, ela seria desagradável com o filho. Se o filho não estivesse ali, ela seria desagradável com a pia cheia de louça; ela jogaria toda a louça no chão. Quebraria o rádio. Ela teria de fazer alguma coisa; esse sentimento 
afloraria nela.

Foi pura coincidência o fato de você estar ali, lendo seu jornal, e ela ter sido desagradável com você. Foi 
pura coincidência o fato de você estar ali, à disposição, no momento errado.

Você está com raiva não porque sua mulher foi desagradável — ela pode ter criado toda a situação, mas isso é tudo. Ela pode ter lhe dado a oportunidade de ficar com raiva, uma desculpa para ficar com raiva, mas a raiva estava borbulhando. Se a sua mulher não estivesse ali, você teria ficado com raiva do mesmo jeito — com outra coisa, com alguma ideia, mas a raiva tinha de aflorar. Ela era algo que 
vinha do seu próprio inconsciente.

Todo mundo é responsável, totalmente responsável, pelo seu próprio ser e pelo próprio comportamento. No começo, essa constatação fará com que você fique muito deprimido, pois você sempre achou que quisesse ser feliz — então, como você pode ser responsável pela sua infelicidade? Você sempre almejou um estado de bem-aventurança, então como pode decidir ficar com raiva? É por causa disso que você joga a responsabilidade nas costas dos outros.

Se continuar a jogar a responsabilidade nas costas dos outros, lembre-se de que você vai continuar sendo sempre um escravo, pois 
ninguém pode mudar ninguém. Como é possível mudar outra pessoa? Será que, algum dia, alguém já conseguiu mudar outra pessoa? Um dos desejos mais insatisfeitos deste mundo é mudar o outro. Ninguém conseguiu fazer isso até hoje, é impossível mudar o outro, pois ele é dono da própria vida — você não pode mudá-lo.

Você continua a jogar a responsabilidade nas costas do outro, mas não pode mudá-lo. E como você continua a jogar a responsabilidade nele, você nunca verá que a responsabilidade básica é sua. 
A mudança básica precisa acontecer dentro de você.

Você cai numa armadilha: se começa a achar que você é responsável por todas as suas atitudes, por todos os seus estados de ânimo, a princípio, você é tomado por um sentimento de depressão. Mas, se conseguir vencer essa depressão, logo você sentirá luz, pois 
estará livre das outras pessoas. Agora poderá trabalhar em si mesmo. Poderá ser livre, poderá ser feliz. Mesmo que o mundo inteiro esteja infeliz e cativo, isso não vai fazer a mínima diferença. A primeira libertação é parar de pôr a culpa nos outros, a primeira libertação é saber que você é o responsável. Depois disso, muitas coisas passam a ser imediatamente possíveis.

Se continuar a jogar a responsabilidade nos ombros dos outros, não se esqueça de que 
será para sempre um escravo, pois ninguém pode mudar ninguém. Como é possível mudar outra pessoa? Alguém já conseguiu isso antes?

Independentemente do que esteja acontecendo com você — se estiver triste, simplesmente feche os olhos e observe sua tristeza. Procure saber aonde ela leva, 
mergulhe fundo dentro dela. Logo você encontrará a causa. Pode ser que você tenha de percorrer um longo percurso, pois toda a sua vida está envolvida nisso; e não só esta vida, mas muitas outras que você já viveu. Você encontrará muitas feridas em si mesmo, que machucam, e por causa dessas feridas você está triste — elas estão tristes; essas feridas não cicatrizaram ainda; ainda estão abertas.

O método de retroceder até a fonte, ir do efeito até a causa, 
curará essas feridas. Como curá-las? Por que curá-las? Qual é o fenômeno implicado nisso?

Sempre que faz uma retrospectiva, a primeira coisa que você deixa de lado é a 
mania de pôr a culpa nos outros, pois se faz isso você acaba se voltando para as circunstâncias externas. Nesse caso, todo o processo está errado: você tenta encontrar a causa em outra pessoa: “Por que minha mulher foi tão desagradável?” Aí a vontade de saber “por que” faz com que você continue a investigar o comportamento da sua mulher. Você errou o primeiro passo e todo o processo fracassará.

“Por que estou infeliz? Por que estou com raiva?” — feche os olhos e deixe que isso seja uma meditação profunda. Deite-se no chão, feche os olhos, relaxe o corpo e sinta a razão por que está com raiva. Simplesmente esqueça sua mulher; isso é só uma desculpa — A, B, C, D, seja o que for, esqueça a desculpa. Basta que mergulhe profundamente dentro de si, mergulhe na raiva.

Use a própria raiva como um rio; você flui dentro dessa raiva e ela o leva para dentro de si mesmo. Você descobrirá feridas sutis em seu interior. A sua mulher pareceu desagradável porque ela tocou numa ferida sutil que você tem, algo que ainda dói. Você nunca se achou atraente, nunca achou seu rosto bonito e existe uma ferida aí dentro. Quando sua mulher foi desagradável, ela fez com que você ficasse consciente do seu rosto. Ela diz; — Vá e se olhe no espelho! — isso dói. Você tem sido infiel à sua mulher e, quando quer ser desagradável, ela toca novamente nesse assunto: — Por que você estava rindo com essa mulher? Por que parecia tão feliz sentado ao lado dela? — ela toca uma ferida. Você tem sido infiel, sente-se culpado; a ferida está aberta.

Feche os olhos, sinta a raiva e deixe que ela aflore totalmente de modo que você possa ver como ela é. Então 
deixe que essa energia o ajude a voltar ao passado, pois a raiva vem do passado. Não pode vir do futuro, é claro. O futuro ainda não passou a existir. Ela também não vem do presente. É nisso que se baseia toda a teoria do karma, ela não pode vir do futuro porque o futuro ainda não existe; não pode vir do presente porque você nem sabe o que ele é. Só as pessoas que despertaram sabem o que é o presente.

Você vive exclusivamente no passado, portanto, 
essa raiva só pode ter vindo de algum lugar do seu passado. A ferida tem de estar em algum lugar da sua memória. Volte. Pode não haver apenas uma ferida, pode haver várias — pequenas, grandes. Mergulhe fundo e encontre a primeira ferida, a fonte original de toda a raiva. Você conseguirá encontrá-la se tentar, pois ela já está ali. Está ali; todo o seu passado está ali.

É como um filme, rodando e aguardando interiormente. Você faz com que ele rode, começa a assisti-lo. Esse é o processo de retroceder até a causa original. E essa é a beleza de todo o processo. Se você conseguir retroceder conscientemente, se conseguir sentir conscientemente uma ferida, ela 
imediatamente cicatrizará.

Por que ela cicatriza? Porque a ferida é criada pela inconsciência, pela falta de percepção consciente. 
A ferida faz parte da ignorância, do sono. Quando você volta ao passado com consciência e olha essa ferida, a consciência se torna uma força de cura. No passado, quando a ferida se abriu, isso aconteceu na inconsciência. Você ficou com raiva, foi possuído pela raiva, e fez alguma coisa. Matou um homem e teve de esconder esse fato do mundo. Você pode escondê-lo da polícia, pode escondê-lo dos tribunais e da justiça, mas como pode escondê-lo de si mesmo? — você sabe, isso dói. E, sempre que alguém lhe der a oportunidade de ficar com raiva, você vai ficar com medo, porque pode acontecer novamente, você pode matar sua mulher. Volte ao passado, pois nesse momento em que você assassinou um homem ou se comportou como um louco homicida, você estava inconsciente. Na inconsciência, essas feridas têm sido conservadas. Agora faça conscientemente uma retrospectiva.

Fazer uma retrospectiva significa voltar conscientemente às coisas que você fez na inconsciência. Volte — 
só a luz da consciência cura; ela é uma força de cura. Tudo o que você puder fazer conscientemente será terapêutico e não machucará mais.

O homem que volta ao passado se liberta dele. Como o passado deixa de interferir, ele passa a não ter mais poder sobre ele e chega a um ponto final. O passado não tem nenhum espaço no seu ser. E, 
quando o passado não tem nenhum espaço no seu ser, você fica disponível para o presente; nunca antes disso.

Você 
precisa de espaço — o passado está tão entranhado dentro de você — é um armário cheio de coisas mortas — que não há espaço para o presente entrar. Esse armário continua sonhando com o futuro, portanto, metade dele está cheia do que não existe mais e a outra metade está cheia com o que não existe ainda. E o presente? — está simplesmente esperando do lado de fora. É por isso que o presente nada mais é do que uma passagem, uma passagem do passado para o futuro, só uma passagem momentânea.

Liquide com o passado — a menos que liquide com ele, você vai viver uma vida-fantasma. Sua vida não é verdadeira, não é existencial. O passado vive por seu intermédio, os mortos continuam assombrando você. Volte ao passado — sempre que tiver uma oportunidade, sempre que alguma coisa acontecer dentro de você. Felicidade, infelicidade, tristeza, raiva, ciúme — feche os olhos e faça uma retrospectiva.

Logo você vai aprender a viajar ao passado. Logo vai conseguir voltar no tempo e, então, muitas feridas irão se abrir. Quando essas feridas se abrirem dentro de você, não comece a fazer nada. Não é preciso fazer nada. 
Simplesmente observe, olhe, vigie. A ferida está ali — você simplesmente observa, concentra sua energia de atenção na ferida, olha para ela.

Olhe para ela sem fazer nenhum julgamento — pois, se julgar, se disser: “Isso é ruim, não deveria estar aqui”, a ferida se fechará novamente. Então ela terá de se esconder. Sempre que você condena, a mente tenta esconder as coisas. É assim que o consciente e o inconsciente são criados. Do contrário, a mente seria uma coisa só; não seria preciso nenhuma divisão. Mas você condena — então a mente tem de dividir e colocar as coisas no escuro, no porão, para que você não possa vê-las e não seja preciso condená-las.

Não condene, não avalie.
 Seja simplesmente uma testemunha, um observador imparcial. Não negue. Não diga: “Isso não é bom”, pois isso é uma negação e você começou a reprimir.

Seja imparcial. Só observe e olhe. 
Olhe com compaixão e a cura se efetuará.

Não me pergunte por que isso acontece, pois é um 
fenômeno natural — assim como a água evapora quando chega aos cem graus. Você nunca pergunta: “Por que a água não evapora quando chega aos noventa graus?” Ninguém pode responder a essa pergunta. Simplesmente acontece de a água só evaporar aos cem graus. Não há dúvida disso, e a dúvida é irrelevante. Se ela evaporasse aos noventa graus, você questionaria. Se evaporasse aos oitenta, você ia querer saber por quê. É simplesmente natural que a água evapore aos cem graus.

O mesmo vale para a natureza interior.
 Quando uma consciência imparcial, compassiva, toca uma ferida, essa ferida some — evapora. Não existe explicação para isso. É simplesmente natural, é como as coisas são, é o que acontece. Quando digo isso, falo por experiência própria. Tente e você constatará o mesmo. É fato.

Osho, em "Consciência: A Chave Para Viver em Equilíbrio"


quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

O Reflexo do Mundo Interior

Caros irmãos, ainda não havia tido chance de desejar a todos vocês um 2014 maravilhoso, cheio de paz e harmonia. Agradeço aos queridos que têm me acompanhado nessa trajetória do À Procura da Fé pelo Facebook e por esse nosso cantinho aqui.  Bom, para começar o ano com o pé direito, resolvi falar sobre como nossos pensamentos e sentimentos influenciam na nossa vida e como poderíamos mandar para longe aquilo que não está nos fazendo bem!

Todo o tipo de pensamento gera uma reação tanto para nós mesmos quanto pode afetar o que há ao nosso redor. Nossos sentimentos e pensamentos criam "formas" energéticas que ficam ao nosso redor e aqueles que convivem conosco acabam por percebê-las. Nós recebemos do universo aquilo o que emanamos.
Como nossa vibração atrai energias condizentes, também atrai espíritos desencarnados que estão na mesma sintonia. E esse é um dos motivos de haver tantos casos de pessoas que vivem consumidas pelos seus temores, ressentimentos, arrependimentos e etc. Pois o desencarnado pode vir a tornar-se um obsessor, mesmo sem perceber, e continuar incentivando a baixa vibração que o trouxe até o indivíduo. Para evitarmos algo assim, devemos sempre tentar refletir sobre o que está nos trazendo males em nossas vidas e tentar reverter a situação. Quando há o reconhecimento de que somos filhos de Deus, também caímos na consciência de que somos herdeiros de Sua infinita força divina. Nada é impossível quando se tem fé e confiança no Pai.
Segundo Charles Webster Leadbeater, um dos mais ilustres membros da Sociedade Teosófica:

Quando um homem dirige o pensamento para um objecto concreto, uma caneta, uma casa, um livro ou uma paisagem, forma-se na parte superior de seu corpo mental uma pequena imagem do objecto, que flutua em frente ao seu rosto, ao nível dos olhos. Enquanto a pessoa mantiver fixo o pensamento sobre o objecto a imagem vai permanecer, e persiste mesmo algum tempo depois.
O tempo de duração desta imagem dependerá da intensidade e também da clareza do pensamento. Além disso, essa imagem é inteiramente real e poderá ser vista por aqueles que tenham desenvolvido suficientemente a visão de seu próprio corpo mental. Do mesmo modo como ocorre com os objectos, quando pensamos em um dos nossos semelhantes, criamos em nosso corpo mental o seu retrato miniaturizado.
Quando o nosso pensamento é puramente contemplativo e não encerra um determinado sentimento como a afeição, inveja ou a avareza, nem um determinado desejo, como por exemplo, o desejo de ver a pessoa em quem pensamos, o pensamento não possui energia suficiente para afectar sensivelmente essa pessoa.

Sendo assim, nossa aura é totalmente afetada por aquilo que guardamos em nosso ser, seja de natureza mais elevada ou menos elevada. Por exemplo, quando os sentimentos são de origem pura, a aura adquire uma coloração mais azulada e com uma grande faixa de irradiação. Porém, quando o sentimento é de raiva, a aura adquire colocação avermelhada e de curta emanação.

O pensamento pode criar uma doença: 1) Por meio de emoções negativas acumuladas; 2) Mesmo inconscientemente a pessoa pode provocá-la quando não deseja realizar uma atividade ou não se sente preparado para realizá-la; 3) É uma forma de chamar a atenção das pessoas que ama; 4) Pode se tornar uma forma de culpar alguém pelo sofrimento presente quando se há problemas na relação. Isso ocorre não apenas com casais como também em relações de pais e filhos, irmãos, etc. 5) Pode ser kármica, com motivos trazidos de encarnações passadas.
Seja qual for a causa, aquilo que está conservado em nosso ser sempre vem à tona em nosso corpo físico e psique.


Para terminar, achei interessante trazer a imagem de um estudo publicado no Proceedings of the National Academies of Sciences que mostra como as diferentes emoções afetam-nos fisicamente e como cada sentimento atua em nosso "mapa corporal". Por exemplo, se a pessoa que participou da pesquisa sentisse tristeza, as reações eram registradas no peito, pescoço, rosto e menos em suas extremidades. As cores mais quentes demonstram maior “topografia emocional” e as mais frias demonstram menor “topografia emocional”:

Esperam que tenham gostado da postagem de hoje, desejo a todos muita paz e luz! Abraços fraternos.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Expansão Cultural: Umbanda

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Queridos irmãos, esta é a segunda postagem de nossa jornada cultural por várias doutrinas espiritualistas encontradas no mundo. Procuraremos entender um pouquinho sobre o que se passa em cada uma das comunidades que agregam tais filosofias de vida. Proponho lermos com a mente aberta para podermos quebrar qualquer pré-conceito que ainda possa haver. Vamos observar a beleza de cada cultura e saibamos adquirir o que houver de melhor para trazermos ao nosso ser interior.
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15 de novembro foi o dia da Umbanda e para aproveitar, falarei um pouco sobre a doutrina e história dessa religião autenticamente brasileira. Será que realmente conhecemos seus fundamentos?

imagem retirada da página de facebook "Umbanda, eu curto"

A Umbanda foi fundada em Niterói (1908) pelo espírito conhecido como Caboclo das Sete Encruzilhadas que se manifestava pelo médium Zélio Fernandino de Moraes. Na perspectiva de que espíritos de negros e índios pudessem se comunicar no trabalho mediúnico, a entidade teve a iniciativa de deixar a casa espírita kardecista em que se manifestou pela primeira vez e, assim, foi criada a Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade, dirigida por Zélio e a entidade que se apresentava como um indígena, com o propósito de que entidades de qualquer cor, raça e condição social poderiam trabalhar em benefício aos encarnados.
Dessa forma foi criada a primeira casa de Umbanda, com os princípios da caridade e do amor baseados no Evangelho de Jesus.

Os fundamentos da doutrina umbandista são baseados no Amor ao próximo, na natureza, no espírito, na evolução e em Deus como nosso único e supremo Criador. Sendo uma religião relativamente nova, possui algumas absorções e preceitos cristãos, indígenas e afros. Entretanto, difere-se do Candomblé e também utiliza-se de conceitos revelados pela Doutrina dos Espíritos, codificada por Allan Kardec. Segundo o livro Doutrina e Teologia de Umbanda Sagrada (Rubens Saraceni), pode-se afirmar que:

A Umbanda não recorre aos sacrifícios de animais para assentamento de Orixás e não tem nessa prática um dos seus recursos ofertatórios às Divindades. Na Umbanda, as oferendas se caracterizam por flores, frutos, alimentos e velas como reverência às Divindades. A Fé é o mecanismo íntimo que ativa Deus (Olorum), suas Divindades e os Guias Espirituais em benefício dos médiuns e dos frequentadores dos seus templos.
A Umbanda não é uma seita e sim uma religião, ainda meio difusa devido a seus usos e costumes variados formados livremente onde quer que ela se manifeste. A Umbanda não apressa o desenvolvimento doutrinário dos seus fiéis, pois tem no tempo e na espiritualidade dois ótimos recursos para conquistar o coração e a mente dos seus fiéis.
mediunidade de incorporação é um de seus pilares, servindo para o desenvolvimento dos médiuns e aconselhamento dos consulentes, pessoas comuns que buscam orientação espiritual para suas vidas. A mediunidade independe da crença religiosa das pessoas, mas encontrou na Umbanda terra fértil para se manifestar livremente.  Com médiuns bem preparados, assiste seus fiéis, auxilia na resolução de problemas graves ou corriqueiros, todos tratados com a mesma preocupação e dedicação espiritual e sacerdotal.
A Umbanda é uma religião espírita e espiritualista. Espírita porque está, em parte, fundamentada na manifestação dos espíritos guias. E espiritualista porque incorporou conceitos e práticas espiritualistas (referentes ao mundo espiritual), tais como magias espirituais e religiosas, culto aos ancestrais Divinos, culto religioso aos espíritos superiores da natureza, culto aos espíritos elevados ou ascencionados e que retornam como guias-chefes, para auxiliar a evolução das pessoas que frequentam os Templos de Umbanda.  O tempo e o auxílio espiritual desinteressado ou livre de segundas intenções tem sido os maiores atrativos dos fiéis umbandistas.
A Umbanda, por ser sincrética, não alimenta em seu seio segregacionismo religioso de nenhuma espécie e vê as outras religiões como legítimas representantes de Deus. E vê todas como ótimas vias evolutivas criadas por Ele para acelerarem a evolução da humanidade.
A Umbanda prega que as divindades de Deus (os Orixás) são seres Divinos dotados de faculdades e poderes superiores aos dos espíritos e tem nelas um dos seus fundamentos religiosos, recomendando o culto a elas e a prática de oferendas como uma das formas de reverenciá-las, já que são indissociadas da natureza terrestre ou Divina de tudo o que Deus criou.
A Umbanda prega a existência de um Deus único e tem nessa sua crença o seu maior fundamento religioso, ao qual não dispensa em nenhum momento nos seus cultos religiosos e, mesmo que reverencie as Divindades, os espíritos da natureza e os espíritos ascencionados (os guias-chefes), não os dissocia D’Ele, o nosso Pai Maior e nosso Divino Criador.

Sendo esta uma religião espiritualista, utiliza-se da participação dos Médiuns para que as manifestações dos espíritos trabalhadores possam ser possíveis. No princípio religioso, as entidades predominantes no culto umbandista vinham na forma de Caboclos, Pretos-Velhos e Crianças, personificando a simplicidade, sabedoria e pureza na corrente astral. Além dessas três falanges, existem outras legiões (como a dos Ciganos, Boiadeiros, Exus, etc) onde cada uma corresponde à vibração original de um Orixá.


A Umbanda é, portanto, uma religião que possui sua própria fundamentação e seu estudo é de suma importância para que haja um bom procedimento ritualístico dentro dos templos, excluindo misticismos e possíveis animismos que possam vir a ocorrer. Por mais que seus atuantes ainda sofram muito preconceito, isso ocorre apenas por falta da aceitação de que, mesmo em modos variados, religiões diferentes podem apontar para o mesmo ponto principal: o Amor ao próximo.

sábado, 24 de agosto de 2013

Expansão Cultural: O Movimento Hare Krishna

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Queridos irmãos, iniciaremos uma jornada cultural por várias doutrinas espiritualistas encontradas no mundo. Procuraremos entender um pouquinho sobre o que se passa em cada uma das comunidades que agregam tais filosofias de vida. Proponho lermos com a mente aberta para podermos quebrar qualquer pré-conceito que ainda possa haver. Vamos observar a beleza de cada cultura e saibamos adquirir o que houver de melhor para trazermos ao nosso ser interior.
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Para começar, falarei um pouco sobre o chamado Movimento Hare Krishna, o qual segue as antigas escrituras conhecidas por Vedas, onde há um processo de compreensão espiritual profundo e prático.
O movimento é derivado do hinduísmo vaishnava e foi fundado pelo pensador indiano Abhay Charanaravinda Bhaktivedanta Swami Prabhupada (Srila Prabhupada). Nascido em uma família de classe média alta de Calcutá, Srila Prabhupada foi criado com base nos védicos tradicionais. Estudou em escolas conceituadas, trabalhou como químico e, em certa época, entrou em contato com o movimento de Mahatma Gandhi. Após tornar-se admirador do líder religioso Bhaktisiddhanta Sarasvati recebeu o pedido do próprio mestre de difundir o conhecimento védico em inglês. Assim, caminhando para esse feito, Srila Prabhupada fundou a revista quinzenal Back to Godhead (Volta ao Supremo), na qual sozinho editava, datilografava manuscritos, checava e distribuía pessoalmente cada cópia. Até hoje a revista é publicana no ocidente por seus discípulos.


O pensador retirou-se da vida familiar para dedicar seu tempo ao estudo e escrita. Viajou aos Estados Unidos a bordo de um navio cargueiro, com poucos dólares, alguns livros e uma muda de roupa. Nos primeiros anos em Nova Iorque, viveu como hóspede de imigrantes. Prabhupada só conseguiu fundar seu Movimento após um ano de privações e dificuldades.
Antes de sua morte em novembro de 1977, viu o Movimento Hare Krishna crescer. Iniciou milhares de discípulos, escreveu obras que são utilizadas em universidades no mundo inteiro e que já foram traduzidas para mais de 50 idiomas, viajou para vários lugares no mundo para ministrar conferências e foi um exemplo de alguém que fez acontecer.

Os propósitos do movimento Hare Krishna são:

  1. Propagar o conhecimento espiritual entre as sociedades a fim de educar todas as pessoas nas técnicas da vida espiritual, restabelecendo o equilíbrio dos valores na vida e, finalmente, alcançando a verdadeira união e paz mundiais;
  2. Propagar a consciência de Krishna (Deus), assim como foi revelada nas grandes escrituras da Índia, o Bhagavad-gita e o Srimad Bhagavatam;
  3. Unir os membros da sociedade e torná-los mais próximos de Krishna (a entidade primordial). Isto fará com que cada alma (tanto dos membros, como da sociedade) seja parte integrante de Krishna;
  4. Ensinar e encorajar o movimento de sankirtana – o canto congregacional do santo nome de Deus – tal como foi revelado nos ensinamentos do Senhor Sri Caitanya Mahaprabhu;
  5. Erguer, para os membros da sociedade e demais, um local sagrado de passatempos transcendentais dedicado à personalidade de Krishna;
  6. Manter os membros unidos com a finalidade de ensinar um modo de vida mais simples e natural;
  7. Publicar e distribuir periódicos, revistas e livros com os propósitos acima mencionados.
Os quatro princípios básicos são:
  1. Ser vegetariano estrito (não comer carne, peixe nem ovos)
  2. Não se intoxicar (não consumir nenhum tipo de drogas, bebidas embriagantes, álcool e cigarro, bem como qualquer alimento que contenha cafeína)
  3. Não praticar jogos de azar
  4. Não praticar sexo ilícito ou fora do matrimônio

O que deve ser levado em consideração é que cada restrição tem relação com um princípio positivo que deve ser trabalhado.
Ao deixar de comer carne, o indivíduo trabalha sua misericórdia, pois não é direito do ser humano interromper a vida progressiva de qualquer espécie. Quando uma criatura é morta, seu processo de evolução é interrompido e aquele ser que poderia estar se promovendo a uma espécie de vida superior, precisará voltar na mesma, porque o ciclo não foi completado. O ser humano deve tratar com compaixão e igualdade todas as entidades viventes, de tal forma que elas possam conseguir a salvação deste cativeiro material.

O indivíduo deve se manter limpo por fora e por dentro. Deve haver a limpeza física, mental e emocional para que o espírito caminhe em sua purificação.

Uma das funções mais delicadas e sagradas do ser humano é a relação sexual que, segundo a cultura védica, deve acontecer somente dentro do matrimônio e com a função de procriar crianças que serão educadas em consciência de Krishna (Deus). O fundamento está no desapego do corpo físico, já que a o prazer carnal é insaciável e a capacidade mental dentro da busca pela satisfação é diminuída e o indivíduo torna-se obsessivo. Assim, deve-se lutar contra os males da relação liberal e ilícita.
Qualquer tipo de sujeira em nosso corpo, mente e coração, acabará nos impedindo em nossa aproximação com o divino.

O ser humano não deve se deixar levar pelos seus instintos aguçados pelos sentidos. Qualquer pessoa que se intoxique com o álcool, droga ou qualquer outro entorpecente, acabará perdendo seu equilíbrio mental e espiritual.
Dentro dos ensinamentos védicos, o indivíduo deve reconhecer de que é uma centelha do Ser Supremo, a quem deve servir com amor e devoção. Reconhece também que não é o centro do universo ou que sua vida foi destinada para desfrute sensual, pois isso anularia sua capacidade de levar uma vida austera em função da auto-realização espiritual.

Uma pessoa que se esforça para se livrar da ilusão do mundo material, está lutando para descobrir seu verdadeiro Eu. E a verdade superior se inicia quando Deus é aceito como a Suprema Verdade Absoluta, como está nas escrituras reveladas. Após isso, a pessoa tem o compromisso de distribuir amplamente esta Verdade e combater a falsidade, porque o conhecimento da verdade traz a libertação. Realidade é eternidade. Um tempo valioso é perdido com aquilo que é temporal, como por exemplo o ato de fumar, jogos de azar e outros tipos, ganância, alienação por meio da televisão, computador, videogames, entre outros atos mundanos que nos atrasam na aproximação com o Supremo.



Devemos ter em mente que é possível nos tornarmos seres humanos misericordiosos, limpos, austeros e verazes. Essa mudança pode ser gradual, como quando sementes são plantadas na terra. Basta regá-las e crescerão em nosso interior e, dessa forma, caminharemos para o cultivo de uma consciência superior para compreendermos a perfeição última da vida, encontrada no amor puro de Deus.



O chamado "maha-mantra" é o canto da vibração transcendental, um método sublime para revivermos nossa consciência em Krishna. Quando um devoto puro do Senhor canta o mantra com amor, ele exerce um grande efeito sobre os ouvintes. O canto é uma maneira espiritual de nos dirigirmos ao Supremo e Sua energia interna, pedindo proteção à alma condicionada. Portanto, cantemos a Deus para sermos felizes!

Namastê!


Fonte: http://harekrishnasp.blogspot.com.br/