quarta-feira, 19 de junho de 2013

A Real Ação dos Guardiões

Por muitas vezes, encontramos o preconceito devido à falta de estudo e conhecimento da doutrina dos espíritos. Existem muitos templos religiosos que ainda se encontram equivocados quanto à função de algumas falanges espirituais. Com isso, acho de suma importância ressaltar a verdadeira essência da falange dos Guardiões (Exus) que, por conta da falta de doutrina de muitos médiuns, acabou se tornando o maior alvo de misticismo quando, na verdade, o trabalho dessas entidades é muito simples e objetivo.
O termo Exu, visto como força da natureza, ligado à polaridade universal, faz a energia primordial se movimentarObjetivamente, todo o movimento no cosmo em suas diversas dimensões vibratórias é exu. Visto como entidade, existem grupos de trabalho onde cada falange tem uma função ligada às vibrações da força manifestadora da natureza (Orixá Exu).
Os Exus atuam como Guardiões da Lei Maior. Absorvem e esgotam as negatividades dos seres que se desviaram das Leis do Criador, em qualquer dos sentidos da vida; depois, vitalizam as qualidades positivas deles e então os neutralizam, deixando seus magnetismos aptos a que retomem o caminho da evolução.
As chamadas Encruzilhadas nada mais são dos que as escolhas que fazemos em nosso Livre Arbítrio, os caminhos que seguimos e nos movimentamos para frente, para trás ou ficamos parados. É quando nos encontramos entre razão e emoção, sempre auxiliados pela força condutora de exu.

Médiuns despreparados e desinformados acabam por criar uma imagem dos Guardiões ligada ao "mito" e falta de bom senso. Tornam-se vítimas do animismo e de quiumbas e espíritos levianos que não estão comprometidos com as causas de Cristo. Os excessos de bebida, fumo, vestimentas desapropriadas, palavrões dentro do trabalho mediúnico, são condizentes principalmente com a conduta moral do médium que, por sua vez, acaba culpando um espírito que, muitas vezes, nem se encontra presente no local.

Os Exus são servidores da luz, sentinelas que atuam no campo denso criado pelos próprios encarnados. O estudo do fator energético é necessário dentro dos templos para depois virem a praticar os cultos já espiritualizados. Deixando de lado muitos costumes que evocam o preconceito e retiram o verdadeiro sentido do trabalho dos guias espirituais.
Para terminar, aqui está um diálogo com o Exu das Sete Encruzilhadas, canalizado por Francisco Sá, presente no Jornal de Umbanda Sagrada Nº 152:

- Exu, quem és?
- Sou o que queres que eu seja, pois espelho o seu negativo.
- Qual negativo, senhor exu? Os meus pensamentos? Os meus sentimentos?
- Tudo isto e muito mais. Pois enxergo o seu íntimo, enquanto você muitas vezes não. Se quer ter pensamentos ou sentimentos negativos, ou os dois, deixo-o fomentá-los, mesmo que finja ocultá-los. Na medida que os alimenta, poderá enxergar em si, ou nos outros, ou nas circunstâncias à sua volta, onde me espelharei também, para que enxergue e defina se quer alimentá-los ou interrompê-los.
- Eu consigo enxergar que os alimento, enquanto vou mergulhando nestes pensamentos ou sentimentos, às vezes sem perceber?
- Enxergo o seu interior e vejo o que está vibrando. Se quer parar com eles, lhe fornecerei os meios para sustá-los, desvitalizando a intensidade deles sobre você, para que lute contra eles, descarregue-os. Poderá adquirir forças para trazer seu racional no comando de si e impedir que seu emocional negativo tome conta. Mas, se quiser alimentá-los, se deixar que a raiva tome conta de si, deixo-o cair na negatividade, até o nível que seja necessário, que você sinta o que precisa vivenciar na sua busca de aprendizado pela dor. Não o julgo! A escolha é sua, mas sempre posso estar ao seu lado, tanto na descendente da queda, como no clamor de auxílio em busca de retorno à consciência em luz.
- Como consigo identificar se o pensamento que estou tendo é injusto com alguém, ou se está sendo alimentado por algo que seja fruto de demanda de alguém que não me quer bem?
- Exemplo de pensamento ruim é aquele em que desejamos o mal de alguém, independente de ser ou não fruto de uma demanda. Querer destruir alguém que lhe faz mal produzirá mais mal. Querer que o neutralize, que o anule, que transforme a sua vontade de prejudicá-lo, e mesmo que o oriente pelos meios que forem necessários é um direito seu. Quando lhe vem em pensamento alguém que está lhe fazendo algum mal, seja porque está lhe emanando raiva, ciúmes, inveja ou ativando alguma magia para lhe destruir, terás três caminhos:
No primeiro, você pode pedir que eu neutralize aquele mal que está sendo emanado e que a pessoa pare de prejudicá-lo. Nem sempre o efeito é duradouro. Noutro, você pode pedir que este mal retorne à pessoa que o está prejudicando, alimentando o sentimento de vingança. Nem sempre também, tem efeito duradouro. E no terceiro, você pode pedir para que ensine a pessoa a enxergar o mal que ela está fazendo a si própria e a você, de forma que não insista.
São três caminhos distintos, percebe? Não irei julgar sua escolha, mas você colherá as consequências de cada uma, ou da soma das alternativas, do que sente em cada momento de cada decisão. Mas em cada uma, colherá os efeitos do que estiver emanando em seu íntimo.Na primeira alternativa, você pode estar procurando ensinar, resistindo e persistindo, de forma a que no tempo, a pessoa desista de querer lhe fazer o mal. Passe a esquecê-lo neste sentido, ou mesmo passe a enxergar que nada ela ganha em tentar prejudicá-lo. Ela pode até aprender algo positivo com você. Esta opção requer a paciência de um pai ou de uma mãe ao tentar educar um filho de espírito rebelde. Na segunda alternativa, ao pedir que o mal retorne à pessoa, julgando que sua vingança é merecida, em sintonia com este sentimento, poderá ser atendido também. Na terceira alternativa, poderá estar solicitando orientação superior a você, para que consiga compreender a ignorância da pessoa que está lhe fazendo o mal, para que anule em você o sentimento de vingança e também para que a pessoa receba a lição e orientação necessária para que desista de tentar lhe prejudicar, anulando seus efeitos, desvitalizando a sua vontade e, se for necessário, que lhe chegue os meios apropriados para isso, dando-lhe entretanto o necessário amparo. Neste caso, a lei maior e a lei cármica produzirão a aceleração dos efeitos dos aprendizados necessários, no grau que cada um precisar.
Se você não sabe de onde vem o mal que lhe chega, porém isto está minguando as suas forças, anule-as. Mas se não conseguir resultado e precisar ativar a lei do retorno, eu poderei lhe auxiliar, caso evoque a Lei Maior e as Divindades, para que seja cumprido dentro de seu merecimento. Se ainda assim você sentir os efeitos é porque a Lei Maior está permitindo e só com uma mudança íntima sua, de algo que você precisa conhecer e lidar é que este mal não mais o afetará. Enquanto tiver que vivenciar a dor, lhe darei sustentação, desde que você se mantenha em busca de evolução.
Eu, como exu, enxergo o íntimo de cada um a todo o momento. Cada pedido seu irá refletir o seu sentimento íntimo e irá deflagrar ações que acelerarão os respectivos aprendizados, no positivo ou no negativo, onde cada um estiver alimentando. Meu símbolo, o tridente, tem três pontas: a do meio neutraliza, o da direita alimenta ou vitaliza e o da esquerda desvitaliza ou retira. Porém, cumpro o que a lei maior me permite fazer. Entretanto, outros, com quem convivo nas trevas, podem refletir o mal que desejas realizar e, espelhando seu sentimento de revolta, atendê-lo em troca dos meios que oferecê-los. Não culpe a vida depois, não culpe as trevas, não culpe o Criador. Não culpe nem a você, mas seja honesto consigo mesmo e aguente o aprendizado do retorno!
Quantos de vocês, mesmo na prática do bem, na carne, recebem o retorno de um mal que tenham causado, nesta ou noutras vidas? Quem pratica o bem, também não sofre o retorno sobre si? De algo que esteja pendente em seu espírito, perante a Lei Maior? Pois saiba que no livro da vida, o que foi escrito com tinta de sangue, ou do ódio, ou da vingança, ou do ciúmes, de outras épocas, não se apaga necessariamente com bons feitos. Mas capacitamos aquele que pratica o bem a lidar com o retorno, na busca de sua evolução.

domingo, 2 de junho de 2013

Somos Iguais aos Olhos de Deus

Escrevo nesta página como alguém que procura auxiliar enquanto também se coloca em posição de aprendiz, pois a "verdade" está guardada no grande mistério divino, assim havendo a possibilidade de que cada um de nós possua seu livre arbítrio, como pequenos pássaros que aprendem a voar por meio de sua interior.
Assim dizendo, eis aqui mais um dos milhares de apelos da humanidade para que haja um basta na intolerância e no preconceito com o próximo.


Eu acredito que possa haver sim um despertar na sociedade de que podemos aceitar cada um de nossos irmãos assim como eles exatamente são, sem que para isso seja preciso um apelo dentro das leis. Digo isso porque aqui no À Procura da Fé, os fatores visados estão relacionados ao impulsionamento das reformas íntimas no ser humano. A luta pela paz e pela igualdade inicia-se por dentro.

 

Estamos em um planeta onde as relações afetivas são necessárias e benéficas ao ser. Tratando-se da homossexualidade ou não, o respeito deve ser sempre mantido em ambos os lados, pois o heterossexual é amado por Deus da mesma forma que o homossexual. Todos nós devemos nos lembrar que a base familiar é composta por amor e união. Um casal homossexual pode constituir uma família sadia e afetuosa assim como um casal heterossexual. Lembremos também de que o caráter construído no indivíduo é independente de suas relações afetivas.


Temos todos uma alma liberta, que não possui sexo, nem características marcadas. Possuímos a essência pura e perfeita de Deus. O espírito, após o desencarne, pode continuar com muitas das características de sua última encarnação ou de alguma outra vida mais "marcante". Isso ocorre no perispírito (corpo astral), por conta do nosso corpo mental superior (registra informações de alta frequência) e corpo mental inferior (registra informações de baixa frequência), onde permanece tudo aquilo que fazemos e está em nosso passado, presente e futuro. Dessa forma, podemos entender um pouco sobre como nossas diversas encarnações também influenciam no nosso ego presente. Devemos enxergar sempre as relações como algo que deve trazer um estado abençoado e de crescimento espiritual, que beneficie aqueles envolvidos e seja voltado a sentimentos nutridos pelo desejo do bem estar e felicidade do outro. Essa é a verdade que precisa ser resgatada aos olhos de nossa sociedade, fazendo com que busquemos aquela pureza divina original em nossa essência.


Libertando o próximo, nos libertaremos.