"Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, sou como um bronze que soa ou um címbalo que retine. Ainda que eu tenha o dom da profecia e conheça todos os mistérios e toda a ciência, ainda que eu tenha tão grande fé que transporte montanhas, se não tiver amor, nada sou. Ainda que e distribua todos os meus bens e entregue o meu corpo para ser queimado, se não tiver amor, de nada me aproveita. O amor é paciente, o amor é prestável, não é invejoso, não é arrogante nem orgulhoso, nada faz de inconveniente, não procura o seu próprio interesse, não se irrita nem guarda ressentimento. Não se alegra com a injustiça, mas rejubila com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais passará."
Com esse lindo trecho do capítulo 13 da carta de São Paulo aos Coríntios, iniciarei meu pequeno texto sobre o sentimento mais nobre que existe.
O amor move o universo, move tudo o que nele contém. Tanto, que o início desse tudo foi movido pelo amor maior de Deus.
Foi entregue à essa pequenina palavra a responsabilidade de carregar diferentes manifestações sentimentais do ser, que podem se distinguir por alguns estilos definidos pela teoria de John Lee, cujos são apresentados como:
Eros – Ligado à atração física, ao desejo e sensualidade. É considerado a parte consciente do amor e carnal.
Psiquê – Significa "borboleta" e também "alma". Pode ser representado pela borboleta que, após uma vida rastejando como uma lagarta, se torna livre para voar, esbanjando sua exímia beleza. E também representa a alma que se liberta do corpo e caminha pela eternidade.
É o amor espiritual, que ultrapassa o físico e torna-se eterno. Pode perdurar durante várias encarnações, que é o caso das almas afins.
Ludus – É visto como um jogo, sem que haja intimidade. É como uma brincadeira estratégica, colocando o parceiro à prova. O que pode prejudicar o relacionamento, pois nesse caso a comprovação do amor é mais válida do que ele propriamente dito.
Storge – É afetuoso e desenvolve-se lentamente, conforme a afinidade. Não é vinculado à atração física, mas ao sentimento fraternal, companheirismo.
Pragma – Baseia-se na necessidade temporária, momentânea. É sistemático, pois o indivíduo reflete sobre o que implicará o romance, as vantagens e desvantagens, se é um investimento seguro, se levará ao conforto financeiro, etc. Há vários pré-requisitos para aquele que ama "pragmaticamente". Pode ser considerado um sentimento aproveitador e, de certa forma, egoísta.
Mania – Sentimento cheio de impulsos, apaixonado, que não mede consequências. Poderia vinculá-lo ao personagem Romeo, da obra de Shakespeare.
Ágape – O amor divino, altruísta e espiritual. É incondicional, não espera nada em troca. Não é baseado em interesses pessoais, de forma alguma. É perfeito. Considera uma pessoa valiosa, independentemente de quem ela é e o que faz. É o amor de Jesus Cristo pela humanidade, demonstrado por ele em cada palavra, cada ato em sua vivência como o filho de Deus.
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Tenho certeza de que muitos dos meus queridos leitores também já passaram pela experiência de um Amor Platônico, que, no conceito de Platão, é a busca do amante pelo essencial inexistente no amado, idealizado para suprir a falta e se tornar pleno. Ultrapassa o mundo material, pois faz parte da realidade ideal do ser, ao contrário da Paixão, que é carnal, física.
Nossas passagens pela Terra são tão curtas... Conhecemos tantas pessoas em cada experiência... A proposta que tenho hoje é de que todos vocês que estão lendo essa postagem, coloquem acima de qualquer raiva, qualquer rancor, qualquer tristeza que um dia sentiram, AMOR. Ponham amor acima de tudo e em cada palavra que proferirem, cada escolha que tomarem. Parafraseando Fernando Pessoa, seja todo em cada coisa, ponha quanto é no mínimo que fizer.
O segredo, eu digo a todos... Trata-se daquele sentimento nobre, que procura ser sempre Ágape, pois divino é o amor...
Vamos amar o próximo como a nós mesmos, vamos espalhar isso por todo universo e ele nos surpreenderá.
"Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive."
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